sábado, 19 de dezembro de 2009

UM NOVO MARCO PARA COMUNICAÇÃO NO BRASIL




A bancada CUTISTA da 1ª CONFECOM teve um papel importante na conferência. Estive num grupo de articulação e negocição das propostas referentes ao "conteúdo, bem como sua regulamentação,financiamento,regulação e conrole" e quero destacar que fizemos importantes avanços para os movimentos sociais e também para o sindicalismo. A conferência foi um espaço importante de debate e amadurecimento para iniciarmos o processo de democratização da comunicação no Brasil. Confira a entrevista da companheira Rosane Bertoti da Cut:

Confecom termina vitoriosa

Escrito por Leonardo Severo, de Brasília
18/12/2009
Mais de 600 propostas apontam para a democratização da comunicação

Após três dias de intensos e calorosos debates que envolveram mais de mil delegados da sociedade civil, empresários e governos, a 1ª Conferência Nacional de Comunicação (Confecom) foi encerrada no final da tarde de quinta-feira (17) com a aprovação de mais de 600 propostas que abrem caminho à democratização da comunicação no país.

Em entrevista ao Portal do Mundo do Trabalho, a secretária nacional de Comunicação da CUT e membro da coordenação da Confecom, Rosane Bertotti, faz uma avaliação do evento que, entre outras importantes propostas, apontou para mecanismos de controle social, participação popular e auditoria nos meios privados, além da restrição da participação do capital estrangeiro na mídia.

Qual o seu balanço do evento?

Acredito que a Conferência Nacional de Comunicação foi uma demonstração da capacidade organizativa e de elaboração de propostas da sociedade civil, que conseguiu crescer no debate e construir diálogos, pontes, pontos de contato. Evidentemente, estamos numa sociedade de classes, onde existem muitas diferenças. Assim, expressando os distintos pontos de vista, defendendo suas posições mas também negociando, os diferentes setores superaram suas pautas específicas e apontaram para a construção de políticas públicas, para um novo marco regulatório para as comunicações em nosso país. O conjunto do movimento social e, em especial, o movimento sindical, deu uma aula de maturidade e compromisso com a bandeira da democratização das comunicações, essencial para o fortalecimento e aprimoramento da democracia brasileira. Quem apostou na democracia, na construção de políticas públicas, ganhou e saiu ainda mais fortalecido. A liberdade de expressão é um direito de todos, para todos e não para alguns, como os setores monopolistas que engendraram o fracasso da Conferência queriam fazer crer.

Na sua opinião quais foram as principais propostas aprovadas pela Confecom?

Em primeiro lugar, é preciso sublinhar que o saldo da Confecom foi extremamente positivo, onde nas mais de 600 propostas aprovadas, muitas delas consensuadas, está fortemente marcado o compromisso com a democracia e a pluralidade, com a soberania nacional, com a participação popular e a defesa da nossa cultura, da diversidade regional, com a luta contra os monopólios e oligopólios. Entre as várias propostas, destaco a criação do Conselho Nacional de Comunicação articulado com os Conselhos Estaduais; mecanismos de controle social, participação popular e auditoria nos meios privados; regulamentação dos artigos da Constituição Federal (220 a 224) que, entre outros avanços, impedem a propriedade cruzada dos meios e proíbem os monopólios; a garantia da inclusão digital com a aplicação dos recursos do Fust (Fundo para Universalização do Serviço de Telefonia) em programas de extensão da internet banda larga para todo o país, priorizando as regiões afastadas dos grandes centros e a população de baixa renda, a redução de 30% para 10% na participação do capital estrangeiro nas comunicações, a descriminalização das rádios comunitárias...

E como fazer para efetivar estas propostas que, agora, serão sistematizadas e encaminhadas ao Poder Executivo, para serem enviadas ao Congresso Nacional?

A efetivação destas propostas, assim como está ligada à ação do poder executivo, dialoga diretamente com a nossa capacidade de articulação. O movimento social terá um papel fundamental para levá-las adiante, dando a sustentação necessária, a partir da mobilização e convencimento da sociedade de que este é o caminho correto.

Há ainda muito trabalho pela frente.

É claro. Saímos amplamente vitoriosos da batalha da Confecom, que foi estimulante e nos deixou muitos ensinamentos. A participação unitária, coesa, propositiva dos cutistas foi referência, tendo sido imprescindível a somatória de consciência, esforços e boas relações cultivadas com todas as centrais sindicais e movimentos como o Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), bem como com os empresários progressistas, que tiveram um papel fundamental ao longo do processo. Também quero destacar como extremamente importante o trabalho desenvolvido pela participação feminina, que elevou a voz com muita sensibilidade, abrindo espaço para a diversidade, o que nos fortaleceu muito. Agora, é seguir em frente, rumo a novas lutas e vitórias em 2010.



sábado, 5 de dezembro de 2009

CONFERÊNCIA NACIONAL DAS COMUNICAÇÕES


Esta notícia você não verá na mídia, mas nós que fazemos parte dos movimentos sociais vamos abrir a caixa preta das comunicações e a exemplo da Argentina vamos democratizar esse espaço que é direito de tod@s!

Nos dias 14,15,16 e 17 de dezembro, acontece em Brasília, a 1ª Conferência Nacional de Comunicação (Confecom), com o tema “Comunicação: meios para a construção de direitos e de cidadania na era digital”.Participei da Conferência Estadual e agora me preparo para a Conferência Nacional das Comunicações. O evento promete ser um importante espaço na luta pela democratização dos meios de comunicação no Brasil.
Desde o anúncio de sua realização feita pelo presidente Lula, no início do ano, a CUT e os movimentos sociais têm participado efetivamente da construção do processo da Confecom, com objetivo de consolidar nossas propostas.
Para orientar a militância a CUT elaborou a cartilha “Os Cutistas na Conferência Nacional de Comunicação: Construindo Direitos e Cidadania”. A publicação é resultado o V Encontro Nacional de Comunicação da CUT, realizado de 15 a 17 de julho, sob a bandeira “Democratizar, Libertar e Incluir”, que reuniu professores, intelectuais, profissionais da área e sindicalistas.

CARTILHA “Os Cutistas na Conferência Nacional de Comunicação: ( Leitura )
http://www.cut.org.br/content/view/16742/

sábado, 28 de novembro de 2009

BETO RICHA - TUCANO NEOLIBERAL - EM GUARAPUAVA

Espero que a memória não seja curta e que lembremos que o PSDB e seu Presidente FHC quase venderam nosso país tantas foram as privatizações naquela época. Agora vem o Beto Richa com pinta de bom moço, se apoiando na imagem de seu avó tentando mostrar boa conversa e depois se apresentar como candidato a governador do estado como se não tívessemos o mínimo de sensatez...ORA BOLAS...
FORA BETO RICHA E SEU PARTIDO NEOLIBERAL!!!
FORA TUCANADA COM PINTA DE BOA GENTE!!!

VEJA COMO ESSE BOM MOÇO TRATA OS SERVIDORES EM CURITIBA:

Carta de repúdio ao prefeito Beto Richa
Fonte: http://www.cutpr.org.br/noticia.php?id=3436
Data: 25/11/2009
A diretoria do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Curitiba (Sismuc) vem tornar público seu sentimento de repúdio ao prefeito de Curitiba Beto Richa pelas suas atitudes anti-democráticas para com os trabalhadores e que configuram prática antissindical.

Mesmo diante da morte de quatro guardas nos últimos cinco meses, Richa se furtou a tomar qualquer medida que vise resolver os problemas da categoria, obrigada a conviver com péssimas condições de trabalho. Os resultados da sua forma de gestão são um aumento excessivo da carga de trabalho e desgaste físico e mental dos guardas que não recebem um salário adequado para reposição da sua força de trabalho.

O ápice da sua falta de respeito para com os trabalhadores se configurou na segunda-feira 23/11), quando se negou a receber os guardas para a negociação de uma pauta de reivindicações. Suas viagens a outras cidades, em um período pré-eleitoral, parecem ser mais importantes do que a vida daqueles que trabalham dia-a-dia na proteção da cidade e da população. Os diretores do Sismuc entendem essa atitude como uma forma de desconsideração daqueles que se dedicam para fazer do serviço público curitibano cada vez melhor.

Na mobilização realizada na segunda, no centro da cidade, ao chegarem na sede da prefeitura, em busca de respostas à pauta protocolada no dia 3 de novembro, os cerca de 500 guardas depararam-se com as portas fechadas. Não bastasse a ausência de Beto Richa, sua administração ainda trata os servidores como pessoas estranhas à sua própria casa. Impedir que os trabalhadores da prefeitura entrem no prédio principal da administração é uma atitude que rejeita a possibilidade de diálogo e representa o medo diante de uma categoria organizada e cansada de tantas injustiças.

Ainda ontem, como se não bastasse sua atitude antidemocrática, o prefeito ainda fez uma declaração infeliz em uma rádio de Curitiba. Segundo a matéria, Richa “ironizou os pedidos” e disse que “o Sismuc não pode ser levado a sério”.
Essas são as palavras de um gestor que não reconhece o direito de organização dos trabalhadores, que desconsidera o fato de que 8,5 mil servidores filiados garantem legitimidade para uma entidade que cresce em número de sindicalizados a cada ano. Sua intenção, conforme demonstrado em outras oportunidades, é desmoralizar um instrumento de luta legítimo construído pelos trabalhadores e que tem por principal objetivo a defesa dos interesses daqueles que constroem essa cidade, a cidade da qual o próprio prefeito se utiliza para seus objetivos partidários-eleitoreiros.
Mas suas palavras não são uma afronta apenas ao Sismuc e aos diretores que se dedicam na organização dos servidores. Representa também a opinião de quem desconsidera a reivindicação de um segmento da categoria que está em pânico. Pais e mães de famílias assustadas e preocupadas com a possibilidade de conflitos no local de trabalho e fora dele. Trata-se de um desrespeito aos guardas municipais e de toda uma categoria cansada da intensificação do trabalho, das metas, da falta de alimentação, das avaliações e dos baixos salários. Enfim, é não levar em conta que a qualidade do serviço público é determinada pelas condições de trabalho e, por isso, trata-se também de um desrespeito com a própria população que depende dos serviços públicos.

Por tudo isso, o Sismuc se mantém firme na luta contra a política neoliberal do prefeito Beto Richa, por melhores condições de trabalho e por mais democracia na gestão pública de Curitiba.

- Não às práticas antissindicais;
- Por mais democracia na gestão pública de Curitiba;
- Por melhorias nas condições de trabalho dos servidores;
- Por respeito àqueles que constroem essa cidade;
- Fora Beto Richa e sua política neoliberal.

Diretoria do Sismuc

CONFERÊNCIA DAS CIDADES

Participamos nesta quinta feira passada, dia 26 de novembro, das Conferência Nacional das Cidades - Etapa Municipal. Mais uma vez não houve participação efetiva de todos os segmentos na Comisão Preparatória, o que gerou diversos problemas durante a Conferência. A cultura anti democrática precisa ser vencida...Não dá mais para que isso continue acontecendo em nossa cidade! Realizar uma conferência sem o mínimo de preparo e sem o debate ter acontecido com os mais interessados ou seja todos os cidadãos e cidadãs...A velha desculpa que as pessoas não participam não justifica pois só participamos do que temos conhecimento! Se a conferência não teve a divulgação suficiente e adequada é claro que não haverá participação. Mas como sabemos que esta "terra tem dono" e este dono não é seu povo podemos entender essas entrelinhas e saber que o interesse maior é que o debate não seja realizado e que tudo continue como está...Ah se os estudantes participassem mais...ah se as se os movimentos sociais estivessem mais atentos...ah se o desejo de uma cidade melhor pra tod@s fosse maior que os arranjos políticos...

domingo, 22 de novembro de 2009

CONSCIÊNCIA NEGRA

Em minha cidade o Feriado não foi respeitado...Um prefeito capitalista e sem consciência nenhuma(quem dirá a negra...) que cede às pressões dos comerciantes da cidade...Isso não é novidade...


quarta-feira, 18 de novembro de 2009

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

El tiempo pasa
Nos vamos poniendo viejos
Yo el amor
No lo reflejo como ayer
En cada conversación
Cada beso cada abrazo
Se impone siempre un pedazo
De razón

Vamos viviendo
Viendo las horas
Que van pasando
Las viejas discusiones
Se van perdiendo
Entre las razones
Porque años atrás
Tomar tú mano
Robarte un beso
Sin forzar el momento
Hacía parte de una verdad

Porque el tiempo pasa
Nos vamos poniendo viejos
Yo el amor
No lo reflejo como ayer
En cada conversación
Cada beso cada abrazo
Se impone siempre un pedazo
De razón

A todo dices que sí
A nada digo que no
Para poder construir
Esta tremenda armonía
Que pone viejo los corazones

Porque el tiempo pasa
Nos vamos poniendo viejos
Yo el amor
No lo reflejo como ayer
En cada conversación
Cada beso cada abrazo
Se impone siempre un pedazo
De temor

Pablo Milânes

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

LIBERDADE


Uma colega me disse que não deveria me indispor com a imprensa...mais tarde pensando com meus botões lembrei me do imenso medo que acompanhou meu avô até o final de sua vida. Medo de falar, de expressar o que pensava. Hoje não só falamos como também, publicamos o que pensamos. Essa mesma imprensa que com certeza não tem nenhuma simpatia por mim pois não possuo o que alguns em seu meio muito admiram: muito dinheiro...Essa mesma imprensa que na primeira eleição do SISPPMUG fez matérias tendenciosas e teve no final das contas que engolir nossa vitória. Como diz uma propaganda de um cartão famoso: dizer o que se pensa segundo suas próprias convicções...não tem preço!

quinta-feira, 30 de julho de 2009

VENDE-SE REPÓRTER!

Parece que virou moda...Que algumas pessoas mudam de lado político ou viram a casaca todo mundo sabe, mas o que nos surpreende é que em nossa cidade isso virou moda no meio jornalístico...Não são todos é claro, mas alguns devem ficar com a pulga atrás da orelha, principalmente se confiaram demais ou informaram demais seus pupilos jornalísticos...Não me assombrará se qualquer dia desses abrirmos os classificados e nos depararmos com o seguinte anúncio:
VENDE SE REPÓRTER
CARACTERÍTICAS: Perfeitamente adaptável às idéias do seu dono, graduação mínima(isso é dispensável hoje no Brasil).
Cartão de memória recarregável.
VALOR: à combinar.
Claro que isso é só minha imaginação...mas é de arrepiar não é?


segunda-feira, 27 de julho de 2009

O MITO DA CAVERNA

Este é um trabalho realizado para o grupo de estudos da APP Sindicato. entregue neste sábado.

MITO GREGO

A mitologia grega exerce uma forte influência na literatura mundial, perpetuando se,multiplicando-se, interagindo e dialogando com diversos textos.
A Mitologia Grega é um “intertexto”, porque se constituí de todas as representações de mitos já experimentadas ...cada nova representação ganha seu sentido a partir de como está posicionada em relação a esta totalidade de apresentações prévias.(DOWDEN, 1994, p. 19-20) A literatura grega permaneceu oral durante muito tempo. Somente com os mitográfos Férecides, em Atenas, e Acusilau, em Argos, no ano de 500 a.C, o verso se transforma em prosa. Além dos mitógrafos, os genealistas do mito também exerceram papéis muito importantes dentro da conservação dessa identidade nacional que é “o mito”. Eles mapearam e estabeleceram relações entre nomes, pessoas e lugares, atribuindo-lhes suas respectivas posições.
O mito grego apresenta como uma de suas principais características o fatalismo,evitando, na maioria das vezes, finais felizes. Quando tudo está perfeito, sempre algo de ruim acontece para que o final seja trágico. A mitologia geralmente é fabulosa. Apresenta animais compostos de partes do
corpo humano, como a esfinge que foi derrotada por Édipo. No entanto, por criar utópicas, torna-se difícil distinguir o mito da realidade. Dowden (1994, p. 18) considera todas as narrativas gregas não históricas mitos; por outro lado, o mito tem sua própria história dentro da sociedade que o projeta.

MITO REFLEXO DA SOCIEDADE


O que importa não é a mentalidade primitiva do homem primitivo, mas a mentalidade primitiva do homem moderno (....) Criar um novo tipo de homem a partir de um novo mito de vida, eis a tarefa de nosso século. (POLITZER, 1978. p. 107 e 109) O mito é um enigma com múltiplos sentidos, uma herança nacional que nasce da ideologia de um povo que pensa, teme, deseja e sonha voar mais alto. Estudando-o, conheceremos melhor a sociedade que o criou e descobriremos suas contradições, dúvidas e inquietações. O mito é um espelho que reflete a imagem e os pensamentos de uma sociedade através de suas crenças.
A visão de mundo que cada comunidade lingüística (sociedade) conserva é que determina, “dita” o comportamento do grupo. Dizemos que “um fato é bom ou ruim dependendo de um ponto de vista” em razão das várias visões do objeto. Se o homem vê o mundo através de sua cultura, ele refletirá sua “visão de mundo” em suas produções culturais. Analisando o mito como uma de suas produções culturais conseguiremos abstrair diversas características da sociedade que o criou.

O MITO DAS CAVERNAS HOJE

Platão referia-se aos seus contemporâneos, com suas crenças e superstições. O filósofo era qual um fugitivo capaz de fugir das amarras que prendem o homem comum às suas falsas crenças e, partindo na busca da verdade, consegue apreender um mundo mais amplo. Ao falar destas verdades para os homens afeitos às suas impressões, não seria compreendido e seria como tomado por mentiroso, um corruptor da ordem vigente. O mito da caverna é uma metáfora da condição humana perante o mundo, no que diz respeito à importância do conhecimento filosófico e à educação como forma de superação da ignorância, isto é, a passagem gradativa do senso comum enquanto visão de mundo e explicação da realidade para o conhecimento filosófico, que é racional, sistemático e organizado, que busca as respostas não no acaso, mas na causalidade. Segundo a metáfora de Platão, o processo para a obtenção da consciência abrange dois domínios: o domínio das coisas sensíveis (eikasia e pístis) e o domínio das idéias (diánoia e nóesis). Para o filósofo, a realidade está no mundo das idéias e a maioria da humanidade vive na condição da ignorância, no mundo ilusório das coisas sensíveis, no grau da apreensão de imagens (eikasia), as quais são mutáveis, corruptiveis, não são funcionais e, por isso, não são objetos de conhecimento.
Podemos certamente descrever várias situações onde o mito das cavernas pode ser facilmente constatado. Outro dia comentei sobre o mito com uma aluna do ensino Médio e a mesma fez a comparação com as pessoas que nunca aprenderam a ler (a mesma estava ajudando uma turma de alfabetização de jovens e adultos) pois muitas coisas são desconhecidas e elas apenas tem ideias parciais a respeito de determinadas coisas. Penso que minha cara aluna tem razão...Mas existem também “cavernas dentro do próprio conhecimento” ou eu diria “cavernas ideológicas” onde alguns colegas se escondem sem ao menos tentar a saída. Podemos chamar também de extremismos ou em casos mais graves os fundamentalismos...

Mas imaginemos a tal situação: Nos EUA inicia se um processo de mudança de regime...por qualquer motivo e neste caso por uma “surpresa” eleitoral, o país começa a adotar o regime socialista...Muitos iriam dizer que isso nunca seria possível...empresas declarariam o absurdo de tal situação e algumas fechariam as portas...talvez protestos pelas ruas(dos donos de grandes empresas é claro)...a imprensa declarando o caos...mas de outro lado uma centena de milhares de pessoas que foram obrigadas por causa da grande crise a visualizar outras possibilidades...

Isso tudo é claro é um exercício de imaginação...Claro que as dificuldades seriam imensas...mas vale a comparação. Num país onde o capitalismo nasceu, todos se tornaram prisioneiros e vêem apenas reflexos do que é o verdadeiro sentido da vida e da beleza...Alguns conseguem escapar...mas ainda são poucos...ainda bem que um deles está hoje na Casa Branca!


REFERÊNCIAS

DOWDEN, K. Os usos da mitologia grega. Tradução de Cid Knipel Moreira. Campinas:Papirus, 1994

POLITZER, G. A filosofia e os mitos. Tradução de Eduardo Francisco Alves. Rio de Janeiro:Civilização Brasileira, 1978. (Coleção Perspectivas do Homem).

O Mito da caverna. Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Mito_da_caverna consultado em 23/07/2009.

MÁRCIA APARECIDA DE OLIVEIRA

PROGRAMA DE FORMAÇÃO APP SINDICATO/CNTE
GUARAPUAVA – 2009


TEMA 3 – UMA EDUCAÇÃO PARA ALEGRIA
Questões para debate

A sociedade do controle, da coerção e do temor se sustenta pelo medo, em conflito com a alegria. No romance “O nome da Rosa” do italiano Umberto Eco a grande tese é que o riso estimula a corrupção e leva à perversão, implodindo a filososfia. “Muito riso, pouco ciso” diz o provérbio popular. Freire, menciona uma educação biofílica que ame a vida, contra as formas educacionais (necrofílicas) que amam a morte.

A alegria sempre foi considerada revolucionária e incômoda como o humor, aplicado por vezes ao político, e que surge como denuncia das formas de controle, castigo, punição entram em jogo na educação repressiva e autoritária, e de sorte tirar-lhes a força e denuncia lhes a fraqueza, e estabelecer certo desgate ao poder. O bobo da corte tinha esta missão, poder de alguma forma dizer com humor o que estava proibido de ser dito por qualquer outra pessoa. (comente)

“ Cercava um contraditório (pré) conceito da Filosofia na Grécia que que os filósofos eram rudes, revoltados e tristes.” Muitas vezes na luta sindical por termos que defender nossas idéias com maior firmeza muitos de nós que atuam no movimento sindical fomos rotulados de muitas coisas. Não só no movimento sindical mas nos movimentos sociais e no partido político também os rótulos foram muitos: baderneiros, briguentos, radicais...Idéias inoportunas...Assim como na Grécia era a filosofia. A necessidade de pensamentos que rompam com o senso comum e o apontamentos de outras possibilidades tiveram ao longo das décadas no Brasil seu preço e seus rótulos. Na educação também não foi diferente. Professores revolucionários eram vistos com desconfiança e muitas vezes sofreram inúmeras pressões. Muitos não se renderam (e ainda não se rendem) e continuam anunciando um novo horizonte para a educação e para a sociedade. Umas da armas usadas para isso foi o humor. Então a sociedade se vê surpreendida pois a idéia que se tinha até então de revolucionário era a das armas. Esse aspecto fica claro no Brasil quando Henfil com suas caricaturas e cartoons incomonda o regime ditador a ponto de ter que se exilar fora do país.

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

De volta...

É hora de retomar...reavaliar...repensar...passadas tantas coisas desde a última postagem por aqui (conclusão do PDE, saída do SISPPMUG, ingresso no cargo do estado) estou naquele período de casulo novamente...estabelecendo novas metas, visualisando novos horizontes e buscando coisas esquecidas e que só me faziam bem...Claro que sou outra pessoa hoje...melhor eu espero, com um olhar diferente porém mais afinado para aquelas coisas que realmente têm valor...é isso "não podemos mudar o que passou mas podemos escrever um novo começo"
(Chico Xavier)