MITO GREGO
A mitologia grega exerce uma forte influência na literatura mundial, perpetuando se,multiplicando-se, interagindo e dialogando com diversos textos.
A Mitologia Grega é um “intertexto”, porque se constituí de todas as representações de mitos já experimentadas ...cada nova representação ganha seu sentido a partir de como está posicionada em relação a esta totalidade de apresentações prévias.(DOWDEN, 1994, p. 19-20) A literatura grega permaneceu oral durante muito tempo. Somente com os mitográfos Férecides, em Atenas, e Acusilau, em Argos, no ano de 500 a.C, o verso se transforma em prosa. Além dos mitógrafos, os genealistas do mito também exerceram papéis muito importantes dentro da conservação dessa identidade nacional que é “o mito”. Eles mapearam e estabeleceram relações entre nomes, pessoas e lugares, atribuindo-lhes suas respectivas posições.
O mito grego apresenta como uma de suas principais características o fatalismo,evitando, na maioria das vezes, finais felizes. Quando tudo está perfeito, sempre algo de ruim acontece para que o final seja trágico. A mitologia geralmente é fabulosa. Apresenta animais compostos de partes do
corpo humano, como a esfinge que foi derrotada por Édipo. No entanto, por criar utópicas, torna-se difícil distinguir o mito da realidade. Dowden (1994, p. 18) considera todas as narrativas gregas não históricas mitos; por outro lado, o mito tem sua própria história dentro da sociedade que o projeta.
MITO REFLEXO DA SOCIEDADE
O que importa não é a mentalidade primitiva do homem primitivo, mas a mentalidade primitiva do homem moderno (....) Criar um novo tipo de homem a partir de um novo mito de vida, eis a tarefa de nosso século. (POLITZER, 1978. p. 107 e 109) O mito é um enigma com múltiplos sentidos, uma herança nacional que nasce da ideologia de um povo que pensa, teme, deseja e sonha voar mais alto. Estudando-o, conheceremos melhor a sociedade que o criou e descobriremos suas contradições, dúvidas e inquietações. O mito é um espelho que reflete a imagem e os pensamentos de uma sociedade através de suas crenças.
A visão de mundo que cada comunidade lingüística (sociedade) conserva é que determina, “dita” o comportamento do grupo. Dizemos que “um fato é bom ou ruim dependendo de um ponto de vista” em razão das várias visões do objeto. Se o homem vê o mundo através de sua cultura, ele refletirá sua “visão de mundo” em suas produções culturais. Analisando o mito como uma de suas produções culturais conseguiremos abstrair diversas características da sociedade que o criou.
A mitologia grega exerce uma forte influência na literatura mundial, perpetuando se,multiplicando-se, interagindo e dialogando com diversos textos.
A Mitologia Grega é um “intertexto”, porque se constituí de todas as representações de mitos já experimentadas ...cada nova representação ganha seu sentido a partir de como está posicionada em relação a esta totalidade de apresentações prévias.(DOWDEN, 1994, p. 19-20) A literatura grega permaneceu oral durante muito tempo. Somente com os mitográfos Férecides, em Atenas, e Acusilau, em Argos, no ano de 500 a.C, o verso se transforma em prosa. Além dos mitógrafos, os genealistas do mito também exerceram papéis muito importantes dentro da conservação dessa identidade nacional que é “o mito”. Eles mapearam e estabeleceram relações entre nomes, pessoas e lugares, atribuindo-lhes suas respectivas posições.
O mito grego apresenta como uma de suas principais características o fatalismo,evitando, na maioria das vezes, finais felizes. Quando tudo está perfeito, sempre algo de ruim acontece para que o final seja trágico. A mitologia geralmente é fabulosa. Apresenta animais compostos de partes do
corpo humano, como a esfinge que foi derrotada por Édipo. No entanto, por criar utópicas, torna-se difícil distinguir o mito da realidade. Dowden (1994, p. 18) considera todas as narrativas gregas não históricas mitos; por outro lado, o mito tem sua própria história dentro da sociedade que o projeta.
MITO REFLEXO DA SOCIEDADE
O que importa não é a mentalidade primitiva do homem primitivo, mas a mentalidade primitiva do homem moderno (....) Criar um novo tipo de homem a partir de um novo mito de vida, eis a tarefa de nosso século. (POLITZER, 1978. p. 107 e 109) O mito é um enigma com múltiplos sentidos, uma herança nacional que nasce da ideologia de um povo que pensa, teme, deseja e sonha voar mais alto. Estudando-o, conheceremos melhor a sociedade que o criou e descobriremos suas contradições, dúvidas e inquietações. O mito é um espelho que reflete a imagem e os pensamentos de uma sociedade através de suas crenças.
A visão de mundo que cada comunidade lingüística (sociedade) conserva é que determina, “dita” o comportamento do grupo. Dizemos que “um fato é bom ou ruim dependendo de um ponto de vista” em razão das várias visões do objeto. Se o homem vê o mundo através de sua cultura, ele refletirá sua “visão de mundo” em suas produções culturais. Analisando o mito como uma de suas produções culturais conseguiremos abstrair diversas características da sociedade que o criou.
O MITO DAS CAVERNAS HOJE
Platão referia-se aos seus contemporâneos, com suas crenças e superstições. O filósofo era qual um fugitivo capaz de fugir das amarras que prendem o homem comum às suas falsas crenças e, partindo na busca da verdade, consegue apreender um mundo mais amplo. Ao falar destas verdades para os homens afeitos às suas impressões, não seria compreendido e seria como tomado por mentiroso, um corruptor da ordem vigente. O mito da caverna é uma metáfora da condição humana perante o mundo, no que diz respeito à importância do conhecimento filosófico e à educação como forma de superação da ignorância, isto é, a passagem gradativa do senso comum enquanto visão de mundo e explicação da realidade para o conhecimento filosófico, que é racional, sistemático e organizado, que busca as respostas não no acaso, mas na causalidade. Segundo a metáfora de Platão, o processo para a obtenção da consciência abrange dois domínios: o domínio das coisas sensíveis (eikasia e pístis) e o domínio das idéias (diánoia e nóesis). Para o filósofo, a realidade está no mundo das idéias e a maioria da humanidade vive na condição da ignorância, no mundo ilusório das coisas sensíveis, no grau da apreensão de imagens (eikasia), as quais são mutáveis, corruptiveis, não são funcionais e, por isso, não são objetos de conhecimento.
Podemos certamente descrever várias situações onde o mito das cavernas pode ser facilmente constatado. Outro dia comentei sobre o mito com uma aluna do ensino Médio e a mesma fez a comparação com as pessoas que nunca aprenderam a ler (a mesma estava ajudando uma turma de alfabetização de jovens e adultos) pois muitas coisas são desconhecidas e elas apenas tem ideias parciais a respeito de determinadas coisas. Penso que minha cara aluna tem razão...Mas existem também “cavernas dentro do próprio conhecimento” ou eu diria “cavernas ideológicas” onde alguns colegas se escondem sem ao menos tentar a saída. Podemos chamar também de extremismos ou em casos mais graves os fundamentalismos...
Mas imaginemos a tal situação: Nos EUA inicia se um processo de mudança de regime...por qualquer motivo e neste caso por uma “surpresa” eleitoral, o país começa a adotar o regime socialista...Muitos iriam dizer que isso nunca seria possível...empresas declarariam o absurdo de tal situação e algumas fechariam as portas...talvez protestos pelas ruas(dos donos de grandes empresas é claro)...a imprensa declarando o caos...mas de outro lado uma centena de milhares de pessoas que foram obrigadas por causa da grande crise a visualizar outras possibilidades...
Isso tudo é claro é um exercício de imaginação...Claro que as dificuldades seriam imensas...mas vale a comparação. Num país onde o capitalismo nasceu, todos se tornaram prisioneiros e vêem apenas reflexos do que é o verdadeiro sentido da vida e da beleza...Alguns conseguem escapar...mas ainda são poucos...ainda bem que um deles está hoje na Casa Branca!
REFERÊNCIAS
DOWDEN, K. Os usos da mitologia grega. Tradução de Cid Knipel Moreira. Campinas:Papirus, 1994
POLITZER, G. A filosofia e os mitos. Tradução de Eduardo Francisco Alves. Rio de Janeiro:Civilização Brasileira, 1978. (Coleção Perspectivas do Homem).
O Mito da caverna. Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Mito_da_caverna consultado em 23/07/2009.
MÁRCIA APARECIDA DE OLIVEIRA
PROGRAMA DE FORMAÇÃO APP SINDICATO/CNTE
GUARAPUAVA – 2009
TEMA 3 – UMA EDUCAÇÃO PARA ALEGRIA
Questões para debate
A sociedade do controle, da coerção e do temor se sustenta pelo medo, em conflito com a alegria. No romance “O nome da Rosa” do italiano Umberto Eco a grande tese é que o riso estimula a corrupção e leva à perversão, implodindo a filososfia. “Muito riso, pouco ciso” diz o provérbio popular. Freire, menciona uma educação biofílica que ame a vida, contra as formas educacionais (necrofílicas) que amam a morte.
A alegria sempre foi considerada revolucionária e incômoda como o humor, aplicado por vezes ao político, e que surge como denuncia das formas de controle, castigo, punição entram em jogo na educação repressiva e autoritária, e de sorte tirar-lhes a força e denuncia lhes a fraqueza, e estabelecer certo desgate ao poder. O bobo da corte tinha esta missão, poder de alguma forma dizer com humor o que estava proibido de ser dito por qualquer outra pessoa. (comente)
“ Cercava um contraditório (pré) conceito da Filosofia na Grécia que que os filósofos eram rudes, revoltados e tristes.” Muitas vezes na luta sindical por termos que defender nossas idéias com maior firmeza muitos de nós que atuam no movimento sindical fomos rotulados de muitas coisas. Não só no movimento sindical mas nos movimentos sociais e no partido político também os rótulos foram muitos: baderneiros, briguentos, radicais...Idéias inoportunas...Assim como na Grécia era a filosofia. A necessidade de pensamentos que rompam com o senso comum e o apontamentos de outras possibilidades tiveram ao longo das décadas no Brasil seu preço e seus rótulos. Na educação também não foi diferente. Professores revolucionários eram vistos com desconfiança e muitas vezes sofreram inúmeras pressões. Muitos não se renderam (e ainda não se rendem) e continuam anunciando um novo horizonte para a educação e para a sociedade. Umas da armas usadas para isso foi o humor. Então a sociedade se vê surpreendida pois a idéia que se tinha até então de revolucionário era a das armas. Esse aspecto fica claro no Brasil quando Henfil com suas caricaturas e cartoons incomonda o regime ditador a ponto de ter que se exilar fora do país.
Nenhum comentário:
Postar um comentário